quarta-feira, 15 de abril de 2009

DINHEIRO FALSO COMO ARMA DE GUERRA





DINHEIRO FALSO COMO ARMA DE GUERRA
 
Pelo Major George J. McNally
e Frederic Sondern, Jr.

ANTES de entrar para o Exército Norte-Americano em 1942, George McNally foi agente do Serviço Secreto dos Estados Unidos, especializando-se na perseguição aos falsários. Em 1945 o Exército o escolheu para proteger as tropas norte-americanas na Europa contra a falsificação de dinheiro que sempre se verifica em grande escala durante as invasões e ocupações militares.
Frederic Sondern, Jr., redator itinerante do Reader's Digest, tem escrito muitos importantes artigos sobre acontecimentos da Europa Central.

Um estratagema fantástico de Himmler para desorganizar a economia da Inglaterra na última guerra.

Poucos dias depois da rendição dos exércitos de Adolf Hítler, um oficial do Serviço de Contra-Espionagem dos Estados Unidos telefonou alvoroçado para o meu gabinete no Supremo Q.G. das Forças Expedicionárias Norte-Americanas na Europa, em Francforte. Queria comunicar-me que um capitão alemão havia entregue um caminhão carregado com milhões de cédulas de dinheiro inglês. Acrescentou que grandes quantidades de notas estavam boiando no rio Enns e que civis e soldados aliados as estavam recolhendo.
Surpreso e intrigado, corri ao local onde o capitão alemão e o seu veículo estavam detidos. Ali, dentro de 23 caixotes do tamanho de caixões de defunto, estavam maços e maços de notas do Banco da Inglaterra. Uma rápida avaliação da prêsa — com o auxílio dos manifestos escritos em caligrafia caprichada e pregados na parte interna de cada tampa—indicou que a quantia importava em nada mais nada menos que 21 miIhões de libras esterlinas!
Foi-me impossível determinar, mesmo com" uma forte lente de aumento, se as, notas eram verdadeiras ou não. Comuniquei-me com meus colegas ingleses em Francforte e, pouco depois, recebi um telefonema diretamente do Banco da Inglaterra. Quando fiz uma descrição do achado, ouvi uma longa exclamação de espanto do outro lado do fio. Pouco depois, chegava de Londres um representante do Banco, um cavalheiro alto, anguloso e reservado, de nome Reeves.
Levamos Reeves à sala muito bem guardada onde fora recolhido o tesouro, e ele começou a olhar de caixote em caixote, folheando as notas. Afinal, deteve-se e ficou de olhar parado no espaço. Em seguida, durante vários segundos, praguejou lenta e metodicamente na sua voz de inglês bem educado, mas com grande veemência.
—Desculpem, disse ele por fim. Mas a gente que fez esse dinheiro já nos deu muito prejuízo.
Daquele momento em diante Reeves, três detectives da Scotland Yard e eu colaboramos na reconsti-tuição da fantástica história da Operação Bernhard, a maior mistificação que um governo já perpetrou contra outro.
Para começar, disseram-me que no ano de 1943 uma quantidade alarmante de dinheiro inglês falsificado principiou a chegar a Londres, procedente de Zurique, Lisboa, Estocolmo e outros centros neutros. As notas apareciam no começo em lotes de 100 mil libras ou mais e a qualidade
da falsificação melhorava sempre. 
Os técnicos do Banco da Inglaterra chegaram, sem demora, à conclusão de que as notas estavam sendo fabricadas por homens de grande competência e distribuídas por uma quadrilha extraordinariamente bem organizada.
Um dia, um espião alemão foi preso em Edimburgo. Fora levado de hidroavião até à costa da Escócia e alcançara a praia num bote de borracha. A mala que levava estava cheia de notas—o dinheiro falso mais perfeito que já se vira no Banco da Inglaterra.
O Banco percebeu, então, que o falsário com.quem tinha de lidar era o próprio governo alemão e que aquilo bem podia ameaçar o crédito da Inglaterra. Durante dezenas de anos os bancos do mundo inteiro vinham usando notas do Banco da Inglaterra quase como se fossem ouro. Europeus e asiáticos receosos costumavam entesourá-las como reserva, caso houvesse desvalorização do seu próprio dinheiro. Havendo, naquela ocasião, centenas de milhares de libras em dinheiro falso em , circulação fora da Inglaterra, se houvesse dúvidas quanto à validade das notas nos países neutros e aliados, especialmente no meio de uma guerra, o resultado poderia ser extremamente perigoso não só para a Inglaterra como também para a causa aliada. Por fim, o Banco teve de ceder ante o inevitável.
O mundo financeiro internacional sofreu um choque quando o Banco anunciou que ia recolher todas as suas notas de todos os valores e substituí-las por notas de cinco libras de nova estampa. A partir de uma data determinada, todas as notas antigas perderiam o valor.
O Ministro da Fazenda da Inglaterra explicou ao Parlamento atônito, com a devida reserva, que um dos motivos determinantes da providência era a falsificação em grande escala. Mais não disse, e a imprensa inglesa foi dissuadida de levar adiante as suas indagações.
A verdade era que, em três anos, os nazistas tinham imprimido quantidades incalculáveis de notas inglesas falsas que estavam desmoronando fortunas; abalando bancos e indústrias ecustando ao Tesouro Inglês milhões de esterlinos.
Baseados nessa informação, iniciamos as investigações para descobrir os homens e as máquinas responsáveis por essa obra colossal de falsificação.
Por acaso, não foi difícil encontrar as máquinas. O capitão alemão que nos entregara os caixotes de notas disse havê-las recebido de um oficial das Tropas de Assalto (SS), cujo caminhão enguiçara perto da aldeia de Redl Zipf, com ordem para jogar tudo dentro de um lago próximo. O capitão nada mais sabia além disso. Fomos a Redl Zipf e descobrimos uma das redes subterrâneas de depósitos e oficinas que ramificam o reduto alpino onde os nazistas pretenderam opor a sua última resistência. Ali, na Galeria 16—um túnel de 60 metros de comprimento partindo de uma grande escavação feita no flanco de uma montanha— encontramos prelos para imprimir notas e outras máquinas. Mas não havia clichés, nem papel nem escrituração. "O que temos a fazer agora, meu amigo", disse Reeves, "é procurar as pessoas que trabalhavam aqui!'
As indagações que fizemos em Redl Zipf revelaram que todos os homens que haviam trabalhado na fábrica subterrânea tinham sido levados para o campo de extermínio de Ebensee, a 65 quilometros dali, poucos dias antes da capitulação dos alemães. Fomos, sem demora, a Ebensee—mas já não encontramos nenhum dos falsários. O comandante do campo, sabendo que já havia tropas americanas na região, fingira acatar a ordem de gasear todos os 140 homens, mas não tomara nenhuma providência nesse sentido. Quando o campo foi libertado, os falsários saíram simplesmente, cada qual para o seu lado.
Felizmente, os livros do campo tinham sido mantidos em dia com a típica precisão germânica, até nos últimos dias alucinados do Reich. Os nomes e os lugares de nascimento de todos os membros do estranho grupo estavam ali registrados. Iniciou-se, então, uma busca que durou meses e nos levou aos quatro cantos do ex-império nazista.
Conseguimos reunir, um por um, mais de 40 dos mais importantes falsários. Pouco a pouco, fomos cotejando e articulando os seus depoimentos, que às vezes chegavam a ser incríveis. E, afinal, fizemos a mais importante das nossas descobertas. De vários desses depoimentos ficamos sabendo que um tcheco de nome Oskar Skala, prisioneiro político dos nazistas, fora o guarda-livros-chefe da operação. Graças ao auxílio da polícia tcheco-eslovaca, fomos encontrá-lo pacificamente vendendo cerveja numa cidadezínha perto de Pilsen. Skala nos ajudou bastante. Sendo homem metódico, tinha anotado, diariamente, numa caderneta pequena, todo o trabalho feito pelos falsificadores. Os capítulos finais da fantástica história da Operação Bernhard não tardaram a aparecer.
No começo da guerra, o Führer das SS, Heinrich Himmler, criara em seu quartel-general a Seção 6-F-4, organização destinada a abalar a economia inglesa por meio da falsificação, em grande escala, de dinheiro inglês. O plano foi realmente encaminhado quando o Major Bernhard Krüger foi nomeado diretor executivo, em 1942.
Krüger era um nazista jovem e imaginoso que sentiu um fascinante desafio nos problemas que estavam retardando a 6-F-4. Uma das dificuldades tinha sido o recrutamento do pessoal de elevada competência e especialização necessárias a uma grande oficina de falsificação. Os técnicos do Reichsbank e da Imprensa Oficial do Reich, na sua maioria velhos e conservadores funcionários civis prussianos, revoltaram-se ante a ideia de imprimir dinheiro de outra nação, mesmo em tempo de guerra. Krüger achou uma solução. Muitos dos mais competentes técnicos alemães em artes gráficas estavam em campos de concentração em virtude da sua origem racial. Podia-se pôr esses homens a trabalhar e, ao mesmo tempo, mantê-los calados.
Bernhard Krüger reuniu esses técnicos, prometeu-lhes tratamento preferencial pelo resto da vida e mandou transportá-los para o campo de concentração de Sachsenhausen, em Oranienburg, perto de Berlim. Ali, num conjunto de edifícios isolado, conhecido por Bloco 19, cercado de arame farpado eletrificado e guardado por sentinelas escolhidas da famosa Brigada da Morte, sob o juramento de manterem absoluto segredo, a Operação Bernhard entrou seriamente em fase de execução.
Instalaram-se oficinas com máquinas que eram a última palavra na impressão de notas. Os clichés foram então gravados com minucioso cuidado. Uma firma alemã fabricante de impressoras interrompeu a produção de guerra para fornecer a necessária maquinaria de precisão. Depois de muitas experiências, uma famosa fábrica de papel conseguiu reproduzir o fino e leve papel do Banco da Inglaterra, com as suas complicadas linhas-d'água.
A título de experiência, a Seção 6-F-4 enviou partidas do produto de Bernhard aos representantes da Gestapo nas embaixadas e consulados alemães na Turquia, na Espanha, na Suíça e na Suécia, com instruções para tentar passá-las nos bancos locais. Na maioria, as notas foram aceitas sem despertar dúvidas. Himmler exultou.
Depois, à medida que iam saindo das máquinas, as notas eram meticulosamente examinadas e classificadas. As de primeira classe, as melhores, eram distribuídas pela 6-F-4 para compras nos países neutros e com o dinheiro para despesas dos mais importantes espiões e sabotadores de Himmler no estrangeiro. As notas de segunda classe, que apresentavam ligeiros defeitos, mas ainda eram falsificações excelentes, eram distribuídas às unidades da Gestapo nos países ocupados para comprar informações e subvencionar colaboracionistas que gostavam de ter notas do Banco da Inglaterra à mão para alguma emergência.
As notas de terceira classe, também contrafações extremamente enganadoras, eram guardadas para a execução de um plano fantástico de Himmler. Essas notas seriam lançadas de avião sobre as Ilhas Britânicas! A esperança de Himmler era que o povo de toda a ilha as apanhasse c passasse adiante, colocando assim o governo e os bancos diante do difícil problema de separar o bom dinheiro do falso sem causar abalo econômico. Felizmente, quando havia notas em quantidade suficiente, a Luftwaffe já tinha sido expulsa do céu da Inglaterra e o plano foi abandonado.
Uma das vítimas notórias do dinheiro de primeira classe de Krüger foi o agora famoso "Cícero", o espião profissional albanês Eliaza Bazna, que foi mordomo do embaixador inglês em Angora durante a guerra e que se tornou, segundo ele pensava, o espião mais bem pago da história, por ter recebido 300 mil libras do Serviço Secreto Alemão em troca de segredos surrupiados ao cofre do embaixador. Outra vítima, essa mais típica, foi um homem de negócios da Suíça que aceitou, com absoluta boa-fé, notas inglesas no valor de cinco milhões de cruzeiros de um banco suíço as quais, depois de passarem por vários países neutros, chegaram por fim à sede do Banco da Inglaterra em Threadneedle Street. Ali, o produto do Major Krüger foi afinal descoberto por um tesoureiro perspicaz. Em alguns casos, porém, notas de primeira classe de Sachsenhausen foram enviadas da Alemanha a um país neutro, daí à Inglaterra, de novo soltaram a outro país neutro e finalmente à Alemanha mais uma vez, sem despertarem suspeitas em nenhuma das etapas.
Entretanto, ainda no período de maior êxito da Operação Bernhard, o Major Krüger andava apreensivo.A sua fábrica estava produzindo 400 mil notas por mês e em breve seria atingido o total que Himmler estimulara. Diante disso, o Major conspirou com os seus capatazes para retardarem o rendimento das máquinas e condenar como defeituosas grandes quantidades de notas de primeira classe. "Se não andarmos devagar", disse ele ao seu guarda-livros e principal assistente, "serei mandado para a linha de frente e vocês todos serão fuzilados. Seria uma grande pena." Para o Banco da Inglaterra foi uma felicidade ele pensar assim. Várias centenas de milhares de notas de primeira classe, que poderiam ter entrado em circulação, foram secretamente encaixotadas e postas de lado por ordem de Krüger.
Para manter a Operação Bernhard funcionando a pleno regime, Krüger empreendeu outro projeto que andava em suas cogitações havia algum tempo — a falsificação de dólares americanos. Isso, porém, foi mais difícil. O papel em que é impresso o dinheiro norte-americano nunca pôde ser imitado com êxito. Depois de exaustivas pesquisas, as melhores fábricas de papel da Alemanha só conseguiram uma imitação grosseira. Além disso, até os mais competentes auxiliares de Krüger se convenceram de que não poderiam produzir os complicadíssimos desenhos e as tintas coloridas necessárias.
Em algum ponto da Alemanha ou de um dos países ocupados, pensou Krüger, devia haver pelo menos um contrafator profissional com experiência de notas americanas capaz de resolver o impasse. A Gestapo e outros serviços secretos de Himmler entraram em ação. Numa prisão da Alemanha foram encontrar um tal Solly Smolianoff, cigano de nascimento e refinado falsário. Solly nunca estivera nos Estados Unidos, mas se especializara em fabricar notas "americanas" tão boas que mais de uma vez haviam chamado a atenção do Serviço Secreto dos Estados Unidos. Várias nações da Europa o haviam condenado e prendido pela fabricação desse dinheiro.
Solly achou o Bloco 19 um paraíso.
- Imaginem, dizia ele aos colegas, uma fábrica de dinheiro falso guardada pela polícia!
Em fins de 1944, Solly já havia conseguído uma nota de 50 dólares e outra de 100 que os técnicos da Imprensa Oficial do Reich e da 6-F-4 consideraram altamente satisfatórias. A Operação Bernhard preparou-se para a produção dessas notas.
Mas naquela época, a maré da guerra começou a voltar-se contra o Reich. Berlim era bombardeada dia a dia com mais violência e Sachsenhausen estava dentro da área visada. Himmler quis encerrar a Operação Bernhard, mas Krüger convenceu-o a deixá-lo transferir a oficina e o pessoal para uma das novas fábricas sUbterrâneas na zona do derradeiro reduto nos Alpes Austríacos. O Maior ponderou que, na hipótese de um Colapso, a Seção 6-F-4 poderia ser muito útil para os bons nazistas, pois poderia abastecê-los de dinheiro estrangeiro e de documentos de toda espécie, habilmente falsificados.
A mudança de Sachsenhausen levou meses. Só em abril de 1945 foi que a Operação Bernhard pôde instalar as suas máquinas na Galeria 16, atrás de Redl Zipf. Por esse tempo, as tropas americanas já se aproximavam do reduto. Solly Smolianoff nunca chegaria a utilizar os clichés que havia preparado com tanto carinho.
Uma tarde o Major Krüger, num veloz Alfa Romeo conversível e em companhia de uma loura espetacular, entrou roncando no campo de concentração que ficava à entrada da caverna de Redl Zipf. Levava ordens do próprio Himmler e as transmitiu precipitadamente. Todo vestígio da Operação Bernhard devia, ser apagado. Todos os registros deviam ser destruídos, as notas falsas e todo o estoque de papel ainda por imprimir seriam queimados, os clichés e as tintas jogados no ponto mais profundo do Lago Toplitz, que ficava perto. Os 140 membros da Operação Bernhard seriam levados para o campo de concentração de Ebensee e ali mortos.
O Major, calmo e polido como sempre, desculpou-se por não poder dirigir pessoalmente o serviço, alegando ter coisas mais urgentes para fazer em outro lugar. O Alfa Romeo estava carregado de notas legítimas do Banco da Suíça, adquiridas, como soubemos mais tarde por intermédio dos seus subordinados, em operações de câmbio negro nas capitais ocupadas. O porta-luvas do carro estava cheio de passaportes muito bem falsificados. O carro partiu veloz na direção da Suíça. Depois disso, nunca mais se ouviu falar no falsáriomor Krüger, apesar dos esforços combinados de meia dúzia de organizações policiais.
Durante os três dias que se seguiram à partida do Major, os oficiais das SS e os prisioneiros da Operação Bernhard encheram um grande forno com papéis e notas falsas de qualidade inferior. Um pelotão foi encarregado de jogar os clichés no fundo do Lago Toplitz. Mas ninguém teve ânimo de destruir as notas falsas me lhores, aquelas que Krúger tinha posto de parte a fim de evitar a aparência de superprodução. "Eram tão bonitas!" disse depois um dos falsários. Os caixões em forma de ataúde, cheios dessas notas, foram levados em caminhões por motoristas que receberam ordem de enterrá-los na vizinhança em lugares adequados, onde pudessem ser encontrados no futuro.
Foi um desses caminhões que o capitão alemão nos entregou. Alguns desapareceram, outros foram atirados no rio Enns por assustados membros das SS, cuja única preocupação era meterem-se em trajes civis e desaparecerem. No turbulento rio alpino, engrossado pélas chuvas da primavera, esses caixões de notas de primeira classe arrebentaram-se nas pedras e o povo dos arredores começou alegremente a recolher as cédulas.
Terminada a nossa investigação, fizemos um cálculo da produção total da Operação Bernhard. O resultado foi estarrecedor. De acordo com a caderneta de Oskar Skala e os depoimentos de outros elementos do grupo Krüger, a oficina do Major fabricou quase nove milhões de notas do Banco da Inglaterra, com um valor nominal de cerca de 140 milhões de libras esterlinas, equivalentes naquela época a quase 12 bilhões de cruzeiros! Cédulas no valor de 120 milhões de cruzeiros foram espalhadas pela Turquia e pelo Oriente Médio. A 6-F-4 distribuiu 240 milhões na França e nos Países Baixos. Contas alemãs no valor de 600 milhões de cruzeiros foram pagas em Portugal, na Espanha, na Suíça e nos países escandinavos. Cerca de cinco bilhões que escaparam do fogo em Redl Zipf foram ou pescados no rio Enns por austríacos, russos, americanos e ingleses ou escondidos por elementos das SS para futura utilização.
Durante muito tempo as cédulas retiradas do rio e não entregues às autoridades de ocupação foram aparecendo nos hipódromos da Inglaterra, nos centros de câmbio negro da Europa e até nas casas de câmbio de Nova York. Foi por isso que o Banco da Inglaterra teve de fazer o que fez. Estando o prestígio do Banco da Inglaterra de novo assegurado, a história da Operação Bernhard pode ser contada sem perigo.
Novas cédulas de cinco libras, com um finíssimo fio metálico embutido no papel mediante um processo secreto, e tanto quanto possível à prova de falsificação, substituíram as cédulas antigas. Graças a um esforço heróico, o Banco da Inglaterra salvou o crédito britânico e anulou uma tentativa desesperada de sabotar a economia aliada.
Mas para os ingleses e para os americanos a Operação Bernhard foi uma ameaça que quase se concretizou e que se pode repetir.




Texto retirado da revista Seleções do Reader's Digest de setembro de 1952


1 comentários:

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